Após lamentável tentativa frustrada de desmoralização da nossa democracia pela deslegitimação oportunista das urnas eletrônicas por parte do ex-presidente, vivemos ataque golpista em 8 de janeiro de 2023, quando milhares de seus apoiadores invadiram e depredaram simultaneamente as sedes dos três poderes da República, furtaram bens, destruíram patrimônio público, espancaram dezenas de jornalistas, discordando de forma antidemocrática dos resultados das urnas.
Eis que passados quase dois anos dos amargos episódios, que nos envergonharão por todo o sempre, em meio a uma lamentável barganha política travada no Congresso Nacional em busca de uma anistia para o ex-presidente, punido com a inelegibilidade por oito anos por abuso de poder político, na noite de ontem mais um dos obstinados e ensandecidos seguidores do ex-presidente dirigiu-se à Praça dos Três Poderes com propósitos terroristas, estando com o corpo envolto em explosivos, explodiu a si mesmo defronte ao Supremo Tribunal Federal depois de ter explodido seu veículo no estacionamento da Câmara dos Deputados.
Os acontecimentos infelizmente não são episódios isolados e lamentavelmente estamos diante de mais um grave atentado ao Estado de Direito. Os acontecimentos de oito de janeiro de 2023 e 13 de novembro de 2024 são parte de um conjunto de atos concatenados visando amesquinhar e enfraquecer nossa ordem democrática, sendo absolutamente vital que o império da lei prevaleça em relação a estes atos. Investigando-se os fatos para identificar e punir outros responsáveis.
A indevida concessão de anistia geraria a percepção de leniência e endosso à barbárie, ao golpismo e à quebra da ordem democrática, ampliando a indesejada sensação hoje reinante de impunidade ampla, geral e irrestrita.
São Paulo, 14 de novembro de 2024.
Diretoria Executiva e Conselho Superior do
Instituto Não Aceito Corrupção
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